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A SINUSITE sem mistério: 10 dicas de um médico ESPECIALISTA

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A sinusite é uma condição inflamatória dos seios da face que pode causar sintomas desconfortáveis, como congestão nasal, dor facial e secreção nasal. É importante que os pacientes estejam cientes dos principais pontos relacionados à sinusite, desde a compreensão dos sintomas e fatores de risco, até as opções de tratamento e prevenção. É fundamental procurar um médico otorrinolaringologista para uma avaliação adequada e um diagnóstico preciso, bem como seguir as orientações de tratamento, evitando o uso excessivo de descongestionantes nasais e buscando medidas de prevenção. Além disso, o acompanhamento médico regular é fundamental para o controle adequado da sinusite, especialmente em casos crônicos ou recorrentes, ou em pacientes com condições de saúde subjacentes. Com um cuidado adequado e o devido acompanhamento médico, é possível controlar a sinusite e melhorar a qualidade de vida do paciente.

O que é sinusite?

Sinusite é uma condição inflamatória dos seios da face, que são cavidades cheias de ar localizadas nos ossos ao redor do nariz e dos olhos. A inflamação pode ser causada por infecções virais, bacterianas ou fúngicas, ou por outras condições como alergias, irritações ou desvio de septo nasal. Os sintomas mais comuns incluem dor facial, congestão nasal, secreção nasal espessa, dor de cabeça e perda do olfato.

Quais são os tipos de sinusite?

Existem diferentes tipos de sinusite, incluindo a sinusite aguda, que geralmente é causada por uma infecção viral ou bacteriana e dura até 4 semanas; a sinusite crônica, que dura mais de 12 semanas e pode ser causada por infecções recorrentes, alergias ou outros fatores; e a sinusite recorrente, que ocorre várias vezes ao longo do ano. É importante entender a diferença entre esses tipos de sinusite para determinar o tratamento adequado.

Quais são os sintomas da sinusite?

Os sintomas da sinusite podem variar, mas os mais comuns incluem dor facial, congestão nasal, secreção nasal espessa ou colorida, dor de cabeça, pressão facial, tosse, dor de dente, mau hálito, perda do olfato, dor nos ouvidos e sensação de plenitude nos ouvidos. É importante observar esses sintomas e procurar um médico se eles persistirem por mais de algumas semanas ou se forem graves.

O que causa a sinusite?

A sinusite pode ser causada por diversas razões, como infecções virais, bacterianas ou fúngicas, alergias, irritações nasais, como fumaça de cigarro ou poluição, desvio de septo nasal, pólipos nasais e outros fatores. A compreensão da causa subjacente da sinusite é importante para o tratamento adequado, pois pode variar de acordo com o tipo e a gravidade da condição.

Como é feito o diagníostico da sinusite?

O diagnóstico da sinusite geralmente é baseado nos sintomas relatados pelo paciente, na história clínica, no exame físico e, em alguns casos, em exames complementares, como radiografias ou tomografias dos seios da face. O médico otorrinolaringologista é o especialista mais indicado para realizar o diagnóstico e determinar a melhor abordagem de tratamento para cada caso.

Quais são as opções de tratamento para a sinusite?

O tratamento da sinusite pode variar dependendo da causa, tipo e gravidade da condição. Pode incluir o uso de medicamentos, como descongestionantes nasais, corticosteroides, antibióticos ou antifúngicos, irrigação nasal com soluções salinas, além de medidas de autocuidado, como hidratação adequada, repouso, uso de umidificadores de ar, aplicação de compressas quentes na face e evitar fatores desencadeantes, como fumaça de cigarro ou exposição a alérgenos. Em alguns casos mais graves, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários, como a cirurgia endoscópica dos seios da face, para remover pólipos ou corrigir desvios de septo nasal.

A importância da prevenção da sinusite:

A prevenção é fundamental para evitar episódios recorrentes de sinusite. É importante manter uma boa higiene nasal, lavando as mãos regularmente, evitando o contato com pessoas doentes, usando lenços descartáveis ao espirrar ou tossir e mantendo os ambientes internos limpos e bem ventilados. Além disso, é essencial controlar condições subjacentes, como alergias ou infecções respiratórias, e evitar fatores desencadeantes conhecidos, como exposição a poluentes ou irritantes nasais.

A importância de procurar um otorrinolaringologista:

Caso você esteja apresentando sintomas de sinusite, é importante procurar um otorrinolaringologista para avaliação e diagnóstico adequado. O otorrinolaringologista é o especialista mais indicado para avaliar os sintomas, realizar exames específicos e determinar a causa subjacente da sinusite. Um diagnóstico precoce e um tratamento adequado podem ajudar a evitar complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente.

Cuidado com o uso excessivo de descongestionantes nasais:

O uso excessivo e prolongado de descongestionantes nasais pode levar a efeitos colaterais indesejáveis, como congestão nasal rebote, irritação nasal, secura e até mesmo danos à mucosa nasal. É importante seguir as instruções de uso do medicamento e não ultrapassar a dose recomendada. É recomendado o uso intermitente e por curtos períodos de tempo, conforme orientação médica.

A importância do acompanhamento médico:

O acompanhamento médico regular é fundamental para pacientes com sinusite crônica ou recorrente, ou com condições de saúde subjacentes, como alergias ou desvio de septo nasal. O otorrinolaringologista pode monitorar a condição, ajustar o tratamento, fornecer orientações de prevenção e avaliar a necessidade de procedimentos cirúrgicos, quando indicado. Não negligencie o acompanhamento médico para garantir o melhor controle da sinusite e uma melhor qualidade de vida.

SINUSITE E DOR DE CABEÇA

Sabe aquelas crises de dor de cabeça e no rosto, acima ou ao redor dos olhos, latejantes e repetitivas? Pois bem, isso NÃO é sinusite!

Médicos de todas as especialidades tem seus casos típicos e repetitivos, histórias que se repetem a cada semana nos consultórios e ambulatórios e essa é uma das nossas na otorrinolaringologia. Costuma acontecer assim: A pessoa sofre de dores de cabeça frequentes, em crises de variados tipos. Às vezes são dores que pulsam, noutras tem desconforto com o barulho ou com a luminosidade, o que a faz precisar descansar e se deitar para que fique melhore. Algumas das crises acabam levando-os à um serviço de emergência onde, num grande número de vezes, é solicitada uma radiografia de seios da face (um exame muito impreciso para o diagnóstico de sinusite!).

Muitos acabam saindo de lá com o diagnóstico errado de sinusite e uma prescrição igualmente equivocada de antibióticos e analgésicos. Dois ou três meses depois a história se repete. Tome antibiótico outra vez… E é assim que, cansados de tratarem suas crises de “sinusite” e sofrerem com as de dores de cabeça, muitos acabam no consultório de um especialista, o otorrinolaringologista. Em geral nesse dia a sinusite muda de nome.

Estudo sobre dor de cabeça e sinusite

Num estudo muito interessante publicado 2004, Schreiber e colaboradores mostram o resultado de uma pesquisa feita após o anúncio num jornal americano de grande circulação oferecendo tratamento médico gratuito para pacientes com dor de cabeça e sinusite (no inglês o termo usado foi sinus headache). 

O objetivo era selecionar pessoas que acreditavam ter esse diagnóstico. Desta maneira reuniu-se um grupo de 100 pacientes. Todos foram examinados por neurologistas, que aplicaram o mesmo método clínico para diagnóstico de dores de cabeça e suas origens. O resultado mostrou que dos 100 pacientes, 86 tinham enxaqueca, 11 tinham outros tipos mais raros de dor de cabeça e apenas 3 tinham dores decorrentes de sinusites. 

Apesar de ser um estudo americano, nossa experiência mostra que a realidade brasileira não é muito distante desse cenário. Aqueles que apresentam episódios repetitivos de dor de cabeça devem evitar tratá-los em atendimentos em pronto socorros. Se forem dores associadas à obstrução nasal, secreção no nariz ou piora do olfato, procure um otorrinolaringologista, pois isso pode ser uma sinusite (leia mais sobre ela aqui). Mas caso esses sintomas estejam ausentes, o diagnóstico pode ser outro, como enxaqueca, cefaleia tensional ou cefaleia em salvas (essa também pode entupir o nariz). Há ainda outros  vários tipos de cefaleia. Nesses casos um neurologista poderá ajudar bastante.


REFERÊNCIAS

1. Headache Classification Subcommittee of the International Headache Society. The International Classification of Headache Disorders, 2nd ed. Cephalalgia. 2004;24(1 suppl):S8-S160.
2. Rosenfeld RM, Andes D, Bhattacharyya N, et al. Clinical practice guideline: adult sinusitis. Otolaryngol Head Neck Surg. 2007;137(3 suppl):S1–S31.
3. Eross E, Dodick D, Eross M. The sinus, allergy and migraine study (SAMS). Headache. 2007;47:213-224.
4. Michel P, Henry P, Letenneur L, et al. Diagnostic screen for assessment of the IHS criteria for migraine by general practitioners. Cephalagia.1993;13(12suppl):S54-S59.
5. Detsky ME, McDonald DR, Baerlocher MO, et al. Does this patient with headache have a migraine or need neuroimaging? JAMA. 2006;296:1274-1283.
6. Schreiber CP, Hutchinson S, Webster CJ, et al. Prevalence of migraine in patients with a history of self-reported or physician-diagnosed “sinus” headache. Arch Intern Med. 2004;164:1769-1772.

 

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