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Quais são os SINTOMAS da OTOSCLEROSE? Dr. Luciano Moreira

Sou o Dr. Luciano Moreira, otorrino cirurgião, realizo a cirurgia de otosclerose (estapedectomia) há mais de 30 anos. Acompanhei inúmeras cirurgias de otosclerose do Dr. Portmann, em Bordeaux, na França, quando estudei cirurgia de ouvido no Institute Portmann após a residência em otorrinolaringologia.

A otosclerose é campeã de perguntas no meu Instagram. A primeira pergunta de hoje sobre otosclerose é recorrente quando respondo dúvidas de pacientes nas redes sociais.

Dr. Luciano Moreira atende no Rio de Janeiro e via Telemedicina casos de otosclerose do mundo inteiro. Ele opera no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Juiz de Fora (MG). Agende sua consulta aqui.

 

Quais são os sintomas da Otosclerose? Conheça os sinais de alerta e aaiba quando agir

 A otosclerose, que é uma doença óssea progressiva do ouvido, muitas vezes se manifesta de maneira sutil. Para que você não perca tempo com diagnósticos incorretos e possa buscar a ajuda especializada o quanto antes, preparei este guia detalhado sobre os sintomas da otosclerose.

O sintoma cardeal da otosclerose: a perda auditiva progressiva

O sintoma principal e a queixa mais comum da otosclerose é a perda auditiva progressiva. Ela tende a se instalar lentamente, de forma gradual, o que a torna perigosamente enganosa.

  1. Início sutil e enganoso: Os primeiros sinais podem ser muito sutis, muitas vezes confundidos com o envelhecimento natural (presbiacusia), o que atrasa o diagnóstico. O paciente pode notar dificuldades em ouvir sussurros ou sons de baixa frequência inicialmente.
  2. Progressão lenta: A perda de audição vai piorando com o tempo, lentamente ou de forma mais rápida, sendo uma doença degenerativa e progressiva. Ela geralmente se manifesta entre os 20 e 40 anos de idade, e pode acometer um ouvido (assimetricamente) em 70% dos casos, ou ambos (bilateral).
  3. Tipo de perda dominante (condutiva): Na forma mais comum da doença (otosclerose fenestral), a perda é do tipo condutiva. Isso significa que a falha está na transmissão do som, causada pelo crescimento de osso anormal que paralisa o estribo (o menor ossículo). O som “não é conduzido” eficientemente ao ouvido interno.

Zumbido (Tinnitus): o barulho no silêncio

O zumbido é uma queixa extremamente frequente, afetando mais da metade dos pacientes com otosclerose.

  • Características: O zumbido pode ser descrito como um apito, chiado, cachoeira ou motor, e sua intensidade pode variar. Ele costuma ser mais incômodo em ambientes silenciosos e é um sintoma que pode impactar a qualidade de vida, o sono e a concentração.
  • A relação com a progressão da otosclerose: O zumbido pode piorar com o avanço da perda auditiva ou se a doença começar a envolver a cóclea (perda mista). No entanto, um dos grandes benefícios da cirurgia bem-sucedida é que a percepção que o paciente tem do zumbido tende a melhorar ou até desaparecer.

4. Vertigem e desequilíbrio: a otosclerose não afeta apenas a audição

É crucial entender que a otosclerose não é uma doença que afeta apenas a audição. Em alguns casos, ela pode causar sintomas vestibulares:

  • Tontura e instabilidade: Cerca de 20% a 30% dos pacientes podem relatar uma sensação de instabilidade leve ou desequilíbrio vago.
  • Vertigem verdadeira (rara): A vertigem rotatória intensa é rara, mas sua presença pode indicar que o processo otosclerótico se estendeu para o labirinto (a parte do ouvido interno responsável pelo equilíbrio)

A importância da ação e do acompanhamento regular

A otosclerose não tem cura, mas tem tratamento. As opções variam entre o uso de aparelhos auditivos (AASI), que funcionam muito bem por preservar a cóclea, e a cirurgia (Estapedotomia), que corrige a falha mecânica com alto índice de sucesso.

Como a otosclerose é uma condição progressiva, sem tratamento ela levará a uma diminuição contínua da audição ao longo do tempo. Por isso, a ação é fundamental:

  • Busque um médico otorrino experiente em otosclerose: O diagnóstico é feito por um otorrinolaringologista com vasta experiência clínica e cirúrgica em surdez. Os exames chave são a audiometria tonal e a imitanciometria.
  • Acompanhamento contínuo: Manter o acompanhamento regular (geralmente anual) é essencial para monitorar a progressão da doença e garantir que o tratamento (seja AASI ou cirurgia) continue adequado às suas necessidades.

Não ignore os sinais. Use seu medo como aliado para buscar o melhor caminho de tratamento.

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