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A OTOSCLEROSE tem CURA? Médico otorrino explica!

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A otosclerose é uma condição auditiva que intriga muitas pessoas, especialmente aquelas que começam a perceber dificuldades para ouvir com clareza. Como médico otorrino com 25 anos de experiência em surdez, vou explicar de forma simples e detalhada o que é a otosclerose, suas causas, sintomas e, principalmente, responder à pergunta: otosclerose tem cura? Se você ou alguém que conhece está enfrentando esse problema, continue lendo para entender as opções disponíveis e como lidar com essa condição.

O que é otosclerose?

A otosclerose é uma doença que afeta o ouvido médio, especificamente os ossículos – pequenas estruturas responsáveis por transmitir o som do tímpano até o ouvido interno. Ela ocorre devido ao crescimento anormal de osso ao redor do estribo (um dos ossículos), o que impede sua vibração adequada. Como resultado, o som não é transmitido eficientemente, levando a uma perda auditiva progressiva. Essa condição é mais comum em adultos jovens, entre 20 e 40 anos, e tem uma prevalência maior em mulheres. Além disso, fatores genéticos desempenham um papel importante, já que a otosclerose frequentemente aparece em famílias com histórico da doença.

Sintomas da otosclerose

Os sinais da otosclerose podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:
Se você está percebendo esses sintomas, é essencial procurar um médico otorrinolaringologista experiente para um diagnóstico preciso, geralmente feito por exames como audiometria e tomografia computadorizada.

A Otosclerose tem cura?

Não, a otosclerose não tem cura porque se trata de uma doença progressiva que afeta os ossículos do ouvido, que passam a crescer anormalmente, afetando a audição. No entanto, há opções extremamente eficazes para tratar a condição, melhorar a audição e restaurar a qualidade de vida do paciente.

Tratamentos disponíveis para a OTOSCLEROSE em 2025

  1. Aparelhos auditivos: Para casos leves a moderados, os aparelhos auditivos são uma solução prática e não invasiva. Eles amplificam o som, compensando a perda auditiva causada pela imobilidade do estribo.
  2. Cirurgia de estapedectomia: Nos casos mais avançados, a cirurgia é uma opção altamente eficaz. A estapedectomia consiste na substituição do estribo por uma prótese artificial, permitindo que o som volte a ser transmitido normalmente. Estudos mostram que mais de 90% dos pacientes recuperam a audição após o procedimento, embora haja riscos, como infecção ou alterações no equilíbrio, que devem ser discutidos com o médico cirurgião.
  3. Acompanhamento médico: Em alguns casos, quando a perda auditiva é mínima, o especialista pode recomendar apenas monitoramento regular, sem intervenção imediata.
Portanto, embora a otosclerose não tenha uma “cura espontânea” ou medicamentosa que elimine a causa raiz, os tratamentos disponíveis – especialmente a cirurgia – podem oferecer resultados tão positivos que muitos pacientes consideram a condição resolvida.

A otosclerose é uma doença autoimune?

Não, a otosclerose não é considerada uma doença autoimune. Ela é uma condição que afeta o ouvido médio, caracterizada pelo crescimento anormal de osso ao redor do estribo, um dos ossículos responsáveis pela transmissão do som. Diferentemente das doenças autoimunes, em que o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do próprio corpo, a otosclerose tem causas mais relacionadas a fatores genéticos e hormonais, como alterações no metabolismo ósseo. Pesquisas indicam que ela é hereditária em muitos casos, com histórico familiar presente em cerca de 50% dos pacientes, e pode ser influenciada por mudanças hormonais, como as que ocorrem na gravidez. Portanto, embora a ciência ainda investigue todos os gatilhos da otosclerose, ela não se encaixa no perfil de uma doença autoimune, mas sim como uma patologia estrutural do sistema auditivo.

A otosclerose é uma doença progressiva?

Sim, a otosclerose é considerada uma doença progressiva. Ela afeta o ouvido médio, especificamente o estribo, devido a um crescimento anormal de osso que impede a transmissão eficiente do som, levando a uma perda auditiva que tende a piorar com o tempo. Essa progressão, no entanto, varia muito: em algumas pessoas, a perda auditiva avança lentamente ao longo de décadas, enquanto em outras pode estabilizar por anos sem intervenção.
Fatores como predisposição genética, mudanças hormonais e até infecções virais podem acelerar o processo. Diferentemente de doenças degenerativas que destroem tecidos ou funções de forma irreversível, a otosclerose não “degenera” o ouvido em si, mas sim altera sua mecânica, e os efeitos podem ser tratados com sucesso por aparelhos auditivos ou cirurgia, como a estapedectomia. 

A otosclerose precisa de cirurgia ou aparelho auditivo?

O tratamento da otosclerose depende da gravidade da perda auditiva e das necessidades de cada paciente, não sendo obrigatória a cirurgia ou o uso de aparelho auditivo em todos os casos. Para perdas auditivas leves a moderadas, aparelhos auditivos são uma opção eficaz e não invasiva, amplificando o som e melhorando a qualidade de vida sem a necessidade de procedimentos cirúrgicos. Já a cirurgia, como a estapedectomia, é recomendada em casos mais severos, onde a imobilidade do estribo compromete significativamente a audição; nesse procedimento, o estribo é substituído por uma prótese, com taxas de sucesso superiores a 90%. A escolha entre essas opções deve ser feita com um especialista experiente em otosclerose.

Como perder o medo da cirurgia da otosclerose?

Perder o medo da cirurgia da otosclerose envolve informação, preparação emocional e confiança no seu cirurgião, o que ajuda a  transformar a ansiedade em segurança. Muitos pacientes temem riscos como infecções ou falhas no procedimento, mas saber que ele é realizado há décadas, com técnicas aprimoradas e alta taxa de sucesso (acima de 90%), traz alívio para muitos. Mas atenção: trata-se de uma cirurgia muito que deve ser realizada por um cirurgião muito experiente em estapedectomia.
Converse com seu otorrinolaringologista sobre cada etapa da cirurgia, desde a anestesia até a recuperação, e tire todas as dúvidas; entender o que esperar reduz a incerteza. Além disso, buscar depoimentos de pessoas que já passaram pelo procedimento, seja em grupos online ou com conhecidos, ajuda a visualizar resultados positivos. Técnicas de relaxamento, como respiração profunda ou meditação, também são úteis antes do dia da cirurgia. Por fim, confie na equipe médica e lembre-se de que o objetivo é melhorar sua audição e qualidade de vida – um benefício que costuma superar o medo inicial.

Onde conversar com pessoas que têm otosclerose?

Para conversar com pessoas que têm otosclerose e trocar experiências, sugiro o CLUBE SURDOS QUE OUVEM, idealizado por Paula Pfeifer, criadora do Crônicas da Surdez. Nos grupos de WhatsApp e Facebook do Clube, você lerá relatos e depoimentos de pessoas com otosclerose e poderá tirar suas dúvidas fazendo perguntas diretamente a elas sobre sua experiência com aparelhos auditivos e a cirurgia. Participar dessas conversas não só ajuda a lidar com a condição, mas também oferece insights valiosos de quem já enfrentou desafios semelhantes.

Quais pessoas famosas têm otosclerose?

Embora a otosclerose não seja amplamente discutida no meio das celebridades, algumas figuras públicas já mencionaram ou foram associadas à condição, destacando como ela afeta pessoas de todos os perfis. Um exemplo conhecido é o compositor clássico Ludwig van Beethoven, cuja perda auditiva progressiva, iniciada na juventude, é especulada por alguns historiadores como possível caso de otosclerose, embora não haja diagnóstico definitivo devido à época em que viveu. Mais recentemente, a apresentadora Adriane Galisteu reveleu ter otosclerose. A otosclerose, apesar de comum, permanece discreta no imaginário público, mas afeta milhões ao redor do mundo.

Qual é o CID de otosclerose?

O CID (Classificação Internacional de Doenças) da otosclerose é um código essencial para médicos e pacientes que buscam registros precisos ou cobertura de tratamentos pelo sistema de saúde. Na versão mais recente, o CID-11, a otosclerose é classificada sob o código AB30.0, especificamente como “Otosclerose do ouvido médio”. Já no CID-10, ainda amplamente usado, ela aparece como H80, com subcategorias como H80.0 (otosclerose envolvendo a janela oval, não obliterante) e H80.1 (obliterante). Esses códigos ajudam a identificar a condição em prontuários médicos, facilitando diagnósticos e reembolsos de seguros. Se você precisa desse dado para consultas ou burocracias, vale confirmar com seu médico qual subcategoria se aplica ao seu caso, pois isso pode influenciar o planejamento do tratamento. 

Crianças têm otosclerose?

Embora a otosclerose seja mais comum em adultos jovens, entre 20 e 40 anos, ela pode, sim, afetar crianças, ainda que seja bastante raro. Geralmente, a condição se manifesta mais tarde devido à sua natureza progressiva e à influência de fatores como puberdade ou mudanças hormonais, mas casos pediátricos já foram documentados, especialmente em famílias com forte histórico genético. Em crianças, os sintomas – como dificuldade para ouvir ou zumbido – podem ser confundidos com outras causas de perda auditiva, como infecções de ouvido frequentes, o que exige um diagnóstico cuidadoso com audiometria e exames de imagem. Quando identificada precocemente, o acompanhamento médico é essencial, mas tratamentos como cirurgia costumam ser adiados até a adolescência ou idade adulta, salvo em situações graves. 

Prevenção e cuidados da otosclerose

Como a otosclerose tem um forte componente genético, não há uma forma garantida de preveni-la. No entanto, proteger os ouvidos de ruídos excessivos e buscar diagnóstico precoce podem minimizar o impacto na audição. Se você tem histórico familiar da doença, vale a pena fazer check-ups regulares com um especialista.
A otosclerose não é uma sentença de surdez permanente. Com o avanço da medicina e opções como aparelhos auditivos e estapedectomia, é possível tratar a condição e recuperar a capacidade auditiva na maioria dos casos. Se você suspeita de otosclerose, não hesite em consultar um otorrinolaringologista. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhores serão os resultados do tratamento.
Tem dúvidas ou quer saber mais? Deixe seu comentário ou procure um especialista para uma avaliação personalizada. Afinal, ouvir bem é essencial para viver plenamente!

DICA DO DR. LUCIANO MOREIRA: se você tem perda auditiva, otosclerose, zumbido no ouvido, usa aparelho auditivo ou implante coclear, conheça o CLUBE dos Surdos Que Ouvem, criado pela escritora Paula Pfeifer, do site Crônicas da Surdez. Os grupos do Clube vêm ajudando a transformar milhares de vidas desde 2010. Estar em contato direto com outras pessoas que têm deficiência auditiva é algo que vai ajudar muito a sua jornada da surdez. E, se você precisa comprar aparelho auditivo e está cheio de dúvidas, essas AULAS vão ser de grande valia.

 

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