ATIVAÇÃO – Ligando o IC
Por não sabermos qual será a reação de cada um nesta hora, a ativação do implante coclear é um dos momentos de maior ansiedade, não só para o paciente e sua família, mas também para toda a equipe envolvida. Para a ativação, a unidade externa é posicionada pela primeira vez atrás da orelha, conectada pela antena imantada à unidade interna e ligada (ativada). Em seguida, alguns testes são realizados em busca da sensação auditiva do paciente e sua reação. Dependendo do caso, isso pode levar horas. O ideal é que na ativação, a equipe e o paciente não tenham outros compromissos e horários para que possam trabalhar juntos sem pressa.
Para as crianças com surdez congênita e aqueles pacientes que nunca ouviram, é comum que esse seja um momento de estranheza e mesmo desconforto. Trata-se do cérebro recebendo impulsos inéditos, ainda sem saber bem como identificá-los e o que fazer com eles. Para a pessoa que ouve pela primeira vez, os conceitos de “som”, “voz” ou “barulho” ainda não existem e começam a ser estabelecidos a partir deste momento. Apesar dessa possível estranheza, a ativação também costuma ser o momento mais bonito e emocionante de todo o tratamento. Por isso, proliferam-se pela internet vídeos desse tipo. De fato, presenciar o primeiro momento em que alguém ouve (ou volta a ouvir) é de certa maneira observar o nascimento tardio de um sentido que permitirá à pessoa se defender melhor, se relacionar e se inserir de forma mais independente e efetiva no mundo ao seu redor. Impossível não se emocionar! Como lamentavelmente estamos impedidos pelo nosso conselho de classe de divulgar imagens de nossos pacientes, segue o link de um dos vídeos mais populares da internet.
Para os pacientes pós linguais e que previamente dominavam a linguagem oral, a ativação tende a causar menos surpresa. A natureza e qualidade dos sons percebidos pela estimulação elétrica do IC também são novas e estranhas para eles, que precisam se acostumar a elas. Para ler o relato da ativação do IC da escritora Paula Pfeifer (autora do blog Crônicas da Surdez e dos livros ‘Crônicas da Surdez‘ e “Novas Crônicas da Surdez: epifanias do implante coclear’ ), clique aqui. Também é possível ler suas impressões sobre o IC mês a mês, no primeiro ano de uso, clicando aqui.
MAPEAMENTO E TREINAMENTO AUDITIVO
Na ativação, são estabelecidos os parâmetros de funcionamento dos sons que serão identificados pelo processador de fala e que vão permitir ao paciente escutar. Os primeiros trinta dias após a ativação buscam fazer com que a pessoa tenha as primeiras experiências sonoras, percebendo os sons dos ambientes em que vivem e das vozes às quais estarão expostas a partir de então. Assim, depois desse primeiro mês, ocorrerá o primeiro mapeamento. Depois os mapeamentos passam para uma rotina bimestral, trimestral, semestral até que se tornem um acompanhamento anual. O objetivo dos mapeamentos é ajustar os sons de maneira que fiquem cada vez mais claros, fortes e nítidos, sem provocar qualquer tipo de desconforto.
Ao mesmo tempo iniciará o treinamento auditivo que tem como principal objetivo realizar estimulação auditiva para que se desenvolva de forma satisfatória a comunicação expressiva e receptiva. Como já dito anteriormente, quem recebe o som é o ouvido, mas quem escuta e compreende o que foi ouvido é o cérebro. Essas etapas são fundamentais para o sucesso do IC. Ressalta-se também que o IC permite a condição para escutar, porém a competência da escuta se dará por meio da estimulação do treinamento auditivo e de linguagem através de fonoterapia especializada.
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Visando trazer maior agilidade e conforto aos nossos pacientes anunciamos o nascimento da SONORA, um espaço integrado para realização de todos os exames da audição e terapias voltadas à surdez e aos demais distúrbios da comunicação. Trabalhamos juntos há anos, até então em ambientes diversos.
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