Tímpano é algo que a gente só lembra que tem quando ele dá problema. A membrana timpânica é minúscula, mais fina que uma folha de papel, arredondada, translúcida e com cerca de 12mm de diâmetro. Menor ainda que a membrana do tímpano, são os furos (ou perfurações) que podem aparecer nela, seja por traumatismos ou como resultados de otites mais sérias.
Como essa perfuração da imagem abaixo, de cerca de 3-4 milímetros de diâmetro. Basta isso para piorar a audição e impedir que a pessoa possa mergulhar a cabeça na água. Graças a cirurgia de timpanoplastia, que fazemos atualmente por videoendoscopia, o fechamento do tímpano se tornou muito mais fácil, previsível e menos invasivo. A cirurgia é feita pela abertura natural do canal audito, e o pós-operatório é calmo e sem dor.
Na sequência de imagens do post que está mais abaixo, pode se ver a membrana antes e depois da cirurgia, em que usamos um pequeno fragmento de cartilagem da própria orelha. Detalhe: A paciente também tem otosclerose nos dois ouvidos e agora – com o tímpano fechado – é hora de cuidar dela.
Post completo sobre TIMPANOPLASTIA
O que é a Timpanoplastia?
A timpanoplastia é a cirurgia indicada para tratamento de perfurações da membrana do tímpano. Essas perfurações costumam surgir como sequela de traumas ou de infecções do ouvido médio. No procedimento, costumamos utilizar um enxerto, que podem ser compostos de fáscia, pericôndrio ou cartilagem da própria orelha, para fechar a perfuração.
Na dependência da gravidade do processo que originou a lesão timpânica, pode haver dano complementar também aos ossículos da audição (martelo, bigorna e estribo). Nessa eventualidade, além de reconstruir o tímpano, também precisamos tentar recompor da melhor maneira possível essa cadeia ossicular.