Afinal, quem tem implante coclear pode ou não pode usar desfibrilador? O a unidade interna do implante coclear é um equipamento eletrônico feito para fornecer impulsos elétricos ao nosso sistema nervoso através de pequenos eletrodos. Por isso nos preocupamos com correntes elétricas monopolares (que navegam pelo nosso corpo), e que poderiam danificar esses eletrodos. È fato que os desfibriladores cardíacos usam correntes bem potentes.
Por outro lado precisamos lembrar que a cardioversão (“choque” promovido pelos desfribiladores cardíacos) é usada em situações limite, para reordenar o ritmo cardíaco ou até mesmo para reativar um coração que parou de bater. Ou seja, estamos falando de momentos de ‘ “vida ou morte” Nesse contexto, não há dúvidas que ninguém deixaria de usá-los, caso fosse necessário.
Mesmo assim, a dúvida continua…. O que aconteceria com o implante após uma cardioversão? E como é praticamente impossível realizarmos estudos clínicos controlados em eventos tão raros e graves, nos resta ir saber o que já aconteceu com pacientes que passaram por isso. Numa breve pesquisa, encontrei 3 relatos de caso. Em uma criança e dois adultos. Veja a seguir.
No caso da criança, o implante continuou a funcionar normalmente. Já nos dois casos envolvendo adultos, um deles também permaneceu com seu funcionamento normal, enquanto no outro foram encontradas várias pequenas anormalidades nos eletrodos (embora não se possa ter certeza que elas foram causadas pela cardioversão). A conclusão que fica é que existe uma boa possibilidade de não haver danos ao Implante Coclear após a cardioversão com o desfibrilador. Lembrando que o processador externo deve sempre ser removido antes de o desfibrilador ser usado no paciente.
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