Vivemos a era da fusão do homem com a máquina. Se mesmo as pessoas saudáveis já têm dificuldade de viver sem seus telefones, relógios, computadores e todas suas aplicações, o que dizer daqueles que dependem de um dispositivo implantado como um marcapasso cardíaco ou um implante coclear?
O implante coclear (IC) é usado atualmente para recuperar função auditiva nos casos mais graves de surdez neurossensorial, nos quais os aparelhos auditivos (AASI) comuns já não não são mais capazes de ajudar. Nas crianças nascidas surdas e implantadas no nos primeiros 2 anos de vida, o cria condições do aprendizado da comunicação oral adequada e um desenvolvimento semelhante ao das crianças ouvintes, com ajuda de terapias fonoaudiológicas específicas.
O IC é um dispositivo eletrônico desenhado para ser inserido cirurgicamente numa parte do ouvido interno conhecida como cóclea, levando estímulos elétricos codificados diretamente ao nervo auditivo. A principal diferença do IC para os aparelhos auditivos é o modo de funcionamento de cada um. Os aparelhos auditivos atuam como amplificadores, mas ainda dependem da capacidade do ouvido interno de transformar os estímulos sonoros amplificados em sinais nervosos. Por isso eles são indicados para a surdez leve, moderada ou severa.
Já nos casos de surdez severa a profunda, o funcionamento da cóclea (ouvido interno) é tão deficiente que a mera amplificação do som pelos aparelhos é capaz de gerar estímulo auditivo útil. Nesses casos, o IC é indicado para substituir a função da cóclea, atuando não como um amplificador, mas como um decodificador do som em estímulos elétricos que irão ser captados pelo nervo auditivo e compreendidos pelo cérebro.
O IC consiste de uma unidade interna – que é implantada durante a cirurgia (b) – e uma unidade externa, conhecida como o processador de fala, (a). esse último é semelhante a um aparelho auditivo. O processador possui microfones que captam os estímulos sonoros e os encaminham decodificados à unidade interna através de uma antena. O design, as cores e tamanhos do processador variam dentre os modelos e marcas disponíveis. A informação recebdida pela unidade interna é então encaminhada ao feixe de eletrodos (c) (um fino cabo cuja extremidade é inserida dentro da cóclea) próximo ao nervo auditivo (d).
A audição é um fenômeno extremamente complexo e seu processamento final acontece no nível cerebral. Poderíamos assim dizer que os ouvidos são responsáveis por ouvir (captar) os sons, mas quem escuta (compreende o significado dos sons) é o cérebro.
Atualmente, cerca mais de meio milhão de pessoas no mundo depende de um implante coclear para ouvir. Para saber mais sobre o assunto, acesse o Crônicas da Surdez e o Guia Online do IC.
Visando trazer maior agilidade e conforto aos nossos pacientes anunciamos o nascimento da SONORA, um espaço integrado para realização de todos os exames da audição e terapias voltadas à surdez e aos demais distúrbios da comunicação. Trabalhamos juntos há anos, até então em ambientes diversos.
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