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Quando a SEPTOPLASTIA não é indicada – Dr. Luciano Moreira OTORRINO

quando a ciurgia de septoplastia não é indicada

A septoplastia é uma cirurgia realizada para corrigir o desvio do septo nasal, a parede de cartilagem e osso que separa as duas narinas. Um septo desviado pode causar dificuldades respiratórias, congestão nasal, infecções sinusais recorrentes e ronco. Embora seja um procedimento comum e eficaz, há situações em que a cirurgia de septoplastia não é recomendada ou pode ser adiada. Neste artigo, vamos explorar quando a septoplastia não é indicada, os fatores de risco e as razões pelas quais essa cirurgia pode não ser a melhor opção em certos casos.

A septoplastia é uma cirurgia corretiva que visa reposicionar ou remover partes do septo nasal para melhorar o fluxo de ar pelas vias respiratórias. O septo desviado pode causar problemas respiratórios crônicos, além de impactar a qualidade de vida, especialmente durante o sono. A correção do desvio permite uma melhor ventilação nasal, aliviando sintomas como congestão, sinusite recorrente e apneia do sono.

A cirurgia é geralmente indicada em casos onde há comprometimento significativo da respiração ou infecções frequentes nos seios da face, que não melhoram com tratamentos conservadores. No entanto, há situações em que a septoplastia pode não ser a melhor opção.

Quando a SEPTOPLASTIA não é indicada?

Existem vários fatores que podem tornar a septoplastia inadequada ou menos indicada em determinadas circunstâncias. Abaixo, destacamos os principais cenários em que a cirurgia pode não ser recomendada:

1. Desvio do septo sem sintomas significativos

Nem todos os casos de desvio de septo requerem cirurgia. Muitas pessoas vivem com um desvio de septo leve a moderado sem apresentar sintomas que interfiram significativamente na respiração ou na qualidade de vida. Se o desvio não causa desconforto, dificuldade respiratória ou complicações, como sinusite crônica, a septoplastia pode ser considerada desnecessária.

  • Por que não é recomendada?: Se o paciente não apresenta sintomas ou o desvio não afeta sua respiração, a cirurgia pode trazer mais riscos do que benefícios, especialmente considerando o tempo de recuperação e os possíveis efeitos colaterais.

2. Infecções respiratórias agudas

Se o paciente está com uma infecção respiratória aguda, como resfriado ou gripe, a septoplastia geralmente é adiada até que a infecção esteja resolvida. Infecções ativas podem aumentar o risco de complicações durante e após a cirurgia, como infecções secundárias e dificuldades de cicatrização.

  • Por que não é recomendada?: A inflamação e a congestão causadas por infecções podem dificultar a cicatrização adequada e aumentar o risco de complicações. O ideal é realizar a septoplastia quando o paciente estiver completamente livre de infecções respiratórias.

3. Rinite alérgica mal controlada

A rinite alérgica causa inflamação e irritação crônica das vias nasais, e, em muitos casos, ela pode coexistir com o desvio de septo. Entretanto, se a rinite não estiver sob controle no momento da cirurgia, a inflamação pode dificultar a recuperação e piorar os sintomas após o procedimento.

  • Por que não é recomendada? Antes de optar pela septoplastia, é fundamental que a rinite alérgica seja bem controlada com medicamentos. Caso contrário, os sintomas podem persistir ou até se agravar após a cirurgia.

4. Problemas de coagulação ou uso de medicamentos anticoagulantes

Pacientes que apresentam distúrbios de coagulação ou que fazem uso contínuo de medicamentos anticoagulantes podem ter um risco aumentado de sangramento durante a septoplastia. Isso pode incluir pessoas com condições como hemofilia, trombocitopenia ou aquelas que utilizam medicamentos como a varfarina, aspirina ou outros que afetam a coagulação sanguínea.

  • Por que não é recomendada?: O risco de sangramento excessivo durante e após a cirurgia é maior em pacientes com problemas de coagulação. Nesses casos, a septoplastia pode ser adiada ou reavaliada, e, se necessária, deve ser realizada com precauções especiais, como a interrupção temporária dos anticoagulantes sob orientação médica.

5. Doenças sistêmicas descontroladas

Condições sistêmicas graves e mal controladas, como diabetes descompensada, hipertensão severa ou doenças cardíacas não estabilizadas, podem aumentar o risco cirúrgico de forma significativa. Essas doenças afetam a capacidade do corpo de se recuperar adequadamente de uma cirurgia e podem levar a complicações graves durante o procedimento.

  • Por que não é recomendada? Pacientes com doenças sistêmicas não controladas apresentam maior risco de complicações, como infecções, má cicatrização e complicações anestésicas. É importante que essas condições sejam estabilizadas antes de considerar qualquer intervenção cirúrgica.

6. Pacientes muito jovens ou idosos frágeis

A septoplastia é geralmente evitada em crianças muito pequenas, pois o septo nasal ainda está em desenvolvimento, e a cirurgia pode interferir no crescimento e desenvolvimento normal da estrutura nasal. Em pacientes idosos frágeis, a cirurgia pode ser adiada devido ao risco aumentado de complicações, tanto anestésicas quanto de recuperação pós-operatória.

  • Por que não é recomendada?
    • Crianças pequenas: O septo nasal continua a se desenvolver até a adolescência. A realização de uma septoplastia muito cedo pode afetar o crescimento da face e do nariz.
    • Idosos frágeis: Em pacientes mais velhos, o risco de complicações pode superar os benefícios da cirurgia, especialmente em casos de fragilidade geral ou comorbidades significativas.

7. Expectativas irreais quanto aos resultados

Antes de optar por uma septoplastia, é importante que o paciente tenha expectativas realistas quanto aos resultados da cirurgia. A septoplastia é um procedimento destinado a melhorar a função respiratória e não a estética. Se o paciente busca apenas uma correção estética do nariz ou tem expectativas irreais em relação à cirurgia, pode ser necessário reavaliar a indicação do procedimento.

  • Por que não é recomendada? Se o objetivo do paciente é exclusivamente estético, a septoplastia pode não atender às expectativas. Nessas situações, é necessário considerar uma rinoplastia estética, muitas vezes em conjunto com a septoplastia, para alcançar os resultados desejados.

8. Tabagismo ativo

Fumar interfere diretamente na capacidade do corpo de cicatrizar adequadamente, além de aumentar o risco de complicações cirúrgicas, como infecções e problemas respiratórios. Pacientes que fumam têm maior risco de má cicatrização e resultados menos satisfatórios após a septoplastia.

  • Por que não é recomendada? A cirurgia pode ser adiada até que o paciente pare de fumar ou reduza significativamente o consumo. O tabagismo afeta a vascularização dos tecidos e compromete a recuperação pós-operatória.

O que considerar antes de decidir pela septoplastia?

Embora a septoplastia seja uma solução eficaz para problemas respiratórios relacionados ao desvio de septo, é importante que a decisão pela cirurgia seja tomada em conjunto com um otorrinolaringologista experiente, levando em consideração todos os fatores de saúde do paciente. Em muitos casos, tratamentos não invasivos, como o uso de sprays nasais e medicamentos, podem ser suficientes para aliviar os sintomas.

Além disso, é essencial realizar exames e avaliações detalhadas antes de prosseguir com o procedimento, garantindo que o paciente esteja em condições adequadas de saúde para suportar a cirurgia e a recuperação.

Embora a septoplastia seja um procedimento bastante comum e seguro, nem sempre é a melhor opção para todos os pacientes. Fatores como a gravidade dos sintomas, a presença de outras condições de saúde e até o momento adequado podem influenciar na decisão de realizar ou adiar a cirurgia. Consultar um especialista é fundamental para avaliar os prós e contras e determinar se a septoplastia é realmente necessária e apropriada para cada caso.

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Dr. Luciano Moreira otorrino

Dr. Luciano Moreira – CRM-RJ 65192-3

Médico Otorrinolaringologista especializado em cirurgias da audição

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