Ícone do site Dr. Luciano Moreira – OTORRINO – Surdez – Otosclerose – Implante Coclear -Rinoplastia -Rio de Janeiro – Cirurgia de Ouvido, Nariz e Garganta

OTOSCLEROSE cirurgia ou aparelho auditivo? Dr. Luciano Moreira Otorrino

cirurgia ou aparelho auditivo para otosclerose

cirurgia ou aparelho auditivo para otosclerose

Otosclerose cirurgia e aparelho auditivo: as dúvidas sobre OTOSCLEROSE não param de chegar todos os dias. O tema é complexo e ter acesso a todas as informações requer tempo, paciência e atenção.

Sou o Dr. Luciano Moreira, otorrino cirurgião, realizo a cirurgia de otosclerose (estapedectomia) há mais de 30 anos, e acompanhei inúmeras cirurgias de otosclerose do Dr. Portmann, em Bordeaux, na França, quando estudei no Institute Portmann. A otosclerose é campeã de perguntas no meu Instagram. A primeira pergunta de hoje sobre otosclerose é recorrente quando respondo dúvidas de pacientes nas redes sociais.

Dr. Luciano Moreira atende no Rio de Janeiro e via Telemedicina casos de otosclerose do mundo inteiro. Ele opera no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Juiz de Fora (MG). Agende sua consulta aqui.

Otosclerose: cirurgia ou aparelho auditivo?

É natural que essa dúvida surja, pois, em muitos momentos da evolução da otosclerose, ambas são excelentes opções de tratamento. Como médico otorrino especializado em surdez e cirurgias da audição, meu papel é oferecer uma visão clara, equilibrada e sem vieses, para que cada paciente possa tomar a decisão mais informada e adequada ao seu estilo de vida e ao seu quadro auditivo.

A otosclerose é uma doença óssea que, na imensa maioria dos casos, provoca uma perda auditiva do tipo condutiva, paralisando o menor osso do corpo humano: o estribo. Essa perda condutiva é onde a cirurgia da otosclerose — a estapedectomia — brilha.

O lado da cirurgia da Otosclerose (Estapedectomia)

A cirurgia é, frequentemente, o tratamento de escolha para a perda auditiva condutiva causada pela otosclerose, e é a modalidade que eu, pessoalmente, mais me dedico.

As vantagens da cirurgia da Otosclerose:

  1. Recuperação da qualidade auditiva natural: Uma estapedectomia bem-sucedida, realizada por um cirurgião experiente, tem o potencial de eliminar a perda auditiva condutiva e, muitas vezes, restaurar a audição a níveis quase normais. A qualidade do som, por vir de forma natural e sem depender de ajustes e algoritmos, é uma vantagem imbatível. É como “desligar” a perda auditiva do tipo condutiva.
  2. Solução definitiva para a perda condutiva: A cirurgia resolve o problema mecânico na orelha média – a fixação do estribo – de forma definitiva.
  3. Melhora da percepção do zumbido: Na minha prática, boa parte dos pacientes relata que o zumbido se torna tão insignificante que deixa de ser um problema após a cirurgia.
  4. Conforto e liberdade: O paciente operado não precisa mais se preocupar com a rotina de usar, carregar, fazer manutenção ou trocar pilhas de um aparelho.

Os riscos e resvantagens da cirurgia da otosclerose:

  1. Risco cirúrgico: Embora baixo – a estapedectomia é uma cirurgia altamente refinada – existe um risco inerente, incluindo o de perda auditiva adicional (em casos muito raros), tontura temporária ou falha técnica. É crucial escolher um cirurgião com grande volume e experiência nesse procedimento delicado.
  2. Irreversibilidade: Uma vez feita a cirurgia, não há como “testar” ou voltar atrás. É uma decisão que requer confiança no diagnóstico e no especialista.
  3. Recuperação pós-operatória: Exige um repouso específico e cuidados no período de cicatrização.

 

O lado do aparelho auditivo na Otosclerose (AASI)

O aparelho auditivo, ou AASI (Aparelho de Amplificação Sonora Individual), é outra excelente via de tratamento, especialmente quando a otosclerose já evoluiu para um componente neurossensorial (atingindo a cóclea) ou quando o paciente prefere uma abordagem não invasiva.

As vantagens do Aparelho Auditivo:

  1. Não invasivo: É a principal vantagem. Não exige cirurgia, internação ou repouso.
  2. Teste e flexibilidade: O paciente pode testar o aparelho por um período, experimentar o ganho auditivo e decidir com mais segurança.
  3. Trata a perda neurossensorial: Em casos onde a otosclerose já afetou a cóclea (otosclerose coclear), o AASI é a primeira e, por vezes, única opção. Ele amplifica o som, ajudando o ouvido interno a processar a informação que o nervo auditivo ainda é capaz de transmitir.
  4. Adaptação rápida e personalizada: A tecnologia moderna oferece aparelhos discretos e com algoritmos avançados, que podem ser ajustados e reajustados à medida que a audição muda.

As desvantagens do Aparelho Auditivo na Otosclerose:

  1. Qualidade do som: Por ser uma amplificação, o som é processado eletronicamente e não é a audição “natural” que a cirurgia visa restaurar. Muitos pacientes têm grandes dificuldades para se adaptar a um aparelho auditivo, por inúmeros motivos, e uma das reclamações que mais recebo tem a ver com a qualidade do som, pois não condiz com a expectativa que o paciente possuia.
  2. Custo alto e manutenção: O paciente tem o custo inicial do aparelho, mais os custos recorrentes de pilhas, manutenção e a necessidade de troca após alguns anos de uso. No Brasil, um par de aparelhos auditivos chega a custar, em 2026, mais de R$30.000. Supondo que o paciente precise trocar de aparelho auditivo a cada 4 anos e pague cerca de R$20.000 por cada par, isso significa um gasto superior a R$60.000 após 3 pares de aparelhos auditivos. Veja a tabela de preços de aparelhos auditivos no Brasil 2026.
  3. Dependência, memória e rotina: O uso exige uma rotina diária de colocar, retirar, limpar e cuidar do aparelho, além de uma adaptação social e emocional. No caso de pacientes de idade mais avançada, há a questão da memória relacionada a tudo isso, que é algo a ser pensado especialmente nos casos em que o paciente vive sozinho.

Cada caso de Otosclerose é um Caso

Na minha experiência, a decisão deve ser tomada após uma conversa detalhada e uma avaliação que considere o tipo de perda auditiva, um diagnóstico correto e bem feito, o grau de fixação do estribo e, principalmente, as expectativas e o estilo de vida do paciente.

  • Se a perda é predominantemente condutiva, com boa audição na via óssea, a estapedectomia costuma oferecer o melhor resultado auditivo possível.
  • Se já há um componente neurossensorial significativo, ou se o paciente tem receio de procedimentos invasivos, o AASI pode ser o caminho mais prudente e eficaz.

Em resumo, não existe uma resposta única. A otosclerose é complexa, mas o plano de tratamento deve ser simples e direto, focado na sua reabilitação auditiva. Ambas as opções são válidas. A questão é: qual delas trará o maior benefício para o seu ouvido e a sua qualidade de vida? Cada caso de otosclerose é um caso, e o seu deve ser avaliado de forma criteriosa por um especialista que dedica sua prática médica e cirúrgica a esta doença.

Busque sempre um otorrinolaringologista com vivência em cirurgia da audição e que possa apresentar ambos os lados do tratamento com a mesma clareza e transparência. Seu futuro auditivo agradece.

Medo da cirurgia da otosclerose?

Temos um post que explica como perder o medo da cirurgia da otosclerose. Não deixe de ler!

Se você tem otosclerose e quer conversar sobre cirurgia ou aparelho auditivo com outras pessoas que já passaram por isso, busque o CLUBE dos Surdos Que Ouvem.

Mais perguntas sobre otosclerose?

Dr. Luciano Moreira já respondeu dezenas de perguntas sobre otosclerose. Temos um post com inúmeras perguntas e respostas sobre otosclerose. Leia com calma!

Conheça e converse com pessoas que têm OTOSCLEROSE

O Clube dos Surdos Que Ouvem, da escritora surda Paula Pfeifer (criadora do Crônicas da Surdez) é o lugar ideal para conhecer e conversar com pessoas que convivem com a otosclerose, usam aparelhos auditivos e já fizeram a cirurgia de estapedectomia.

 

SIGA DR. LUCIANO MOREIRA NO INSTAGRAM

Siga o Dr. Luciano Moreira Otorrino nas Redes Sociais

Instagram do Dr. Luciano Moreira

Facebook do Dr. Luciano Moreira

Youtube do Dr. Luciano Moreira

Sair da versão mobile