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RISCOS da Cirurgia de Amígdalas em 2025 – Dr. Luciano Moreira, Otorrino – Rio de Janeiro

riscos da cirurgia de amigdalas e adenoides

Nossa página sobre a cirurgia de amígdalas é uma das mais visitadas do Portal Otorrino. Entretanto muitos leitores me escrevem perguntando especificamente sobre as complicações e os riscos da cirurgia de amígdalas. Meu nome é Luciano Moreira, sou médico otorrino cirurgião e realizo cirurgia de amigdalas e adenoides em crianças há 25 anos.

A amigdalectomia (como é popularmente conhecida a cirurgia de amígdalas) é uma cirurgia envolta em folclores e sabedorias populares no mínimo duvidosas. Por um lado, existe a tendência de alguns em considerar a remoção das amígdalas uma cirurgia “simples”. Do outro, há os que consideram algo ultrapassado, “que não se faz mais.” Difícil saber qual dos dois conceitos é menos verdadeiro!

Consulte sempre um otorrinolaringologista com experiência no assunto e na cirurgia de amígdalas.

Além das crendices e controvérsias, o fato real é que a retirada das amígdalas, quando corretamente indicada e realizada, continua proporcionando a melhora na qualidade de vida de muitas pessoas, com baixos riscos.

Baseado nos artigos mais recentes sobre o tema, segue abaixo uma compilação das principais complicações possíveis na cirurgia de amígdala. Vale lembrar que de uma maneira geral, a maioria do riscos envolvidos na cirurgia tendem a ser mais frequentes em adultos do que crianças. As referências bibliográficas seguem ao fim do texto.

Riscos da Cirurgia de Amígdalas

Riscos da Anestesia Geral

Saiba mais nesse post dedicado especificamente aos riscos da anestesia geral.

Sangramento

Hemorragias são complicações temidas em cirurgias de várias áreas. Na cirurgia das amígdalas, quase todos os cuidados adotados durante a após o procedimento, visam evitar o sangramento. Os levantamentos estatísticos, apontam índices de 2-4% de hemorragia pós-operatória. A maioria dos episódios se resolve espontaneamente, enquanto nos casos mais sérios pode ser necessária uma nova internação e anestesia para controle.

Como evitar: Antes da cirurgia, atenção às histórias de sangramentos prévios, manchas roxas pelo corpo ou relatos de problemas de coagulação na família.

Durante a cirurgia, com aplicação da técnica adequada e rigor no controle da pontos sangrantes, com suturas ou cauterizações. Após a cirurgia, seguindo as orientações dietéticas com alimentação líquida e pastosa fria pelo prazo recomendado em cada caso, evitar esforços físicos até o fim da cicatrização e comunicar a equipe médica imediatamente em caso de qualquer sinal de sangramento.

Dor

Sendo a mais frequente das complicações, a dor para engolir (odinofagia) ocorre em virtualmente todos os pacientes submetidos a amigdalectomia. Diferentemente de um braço ou uma perna operada, em que o repouso tende a ser recomendado, não é possível solicitar que o paciente “não engula” durante uma semana.

Existe uma tendência geral que a recuperação seja menos dolorosa na infância e mais desconfortável nos adultos. Também de forma genérica, ele tende a ser pior nos primeiros 2-4 dias e depois entre o 7-10 dia.

Como evitar: Felizmente temos um grande arsenal de medicações analgésicas disponíveis na atualidade.

Entretanto, devemos evitar medicações anti-inflamatórias que interfiram na coagulação e aumentem a chance de hemorragia.  O uso de uma escala de dor (de 0 a 10) ajuda a identificar o momento ideal de aumentar o diminuir a medicação. Nos primeiros dias deve ser fazer o uso regular das medicações sem deixar que a dor atinja os níveis mais altos, o que pode levar a desidratação, que por sua vez tende a aumentar ainda mais a dor.  Manter-se hidratado também é uma forma de minimizar a dor.

Falta de ar

A remoção das amígdalas gera um trauma local, que leva a diferentes níveis de inchaço (edema) da garganta. Dependendo da anatomia de cada um. pode haver alguma obstrução nos primeiros dias após a cirurgia, gerando sensação de falta de ar.

Como evitar: A cirurgia deve ser realizada da maneira menos traumática possível. Seguir a dieta fria ou gelada ajuda a evitar um maior inchaço.

Desidratação

Muitos pacientes (especialmente crianças) tendem a evitar a ingesta de líquidos e alimentos no período pós operatório, como uma reação natural a dor. Isso pode levar a desidratação e suas consequências. Sede, cansaço, diminuição do volume urinário, fadiga, dores de cabeça são sinais comuns de desidratação. Já sonolência, taquicardia e pele ressecada pode ser sinal de desidratação grave.

Como evitar: Mantenha a dora controlada para possibilitar a ingesta de líquidos. 

Beba água e líquidos de forma constantemente, em pequenas quantidades por vez. Beba água, sucos de frutas, água de coco, bebidas isotônicas e shakes proteicos disponíveis nas farmácias. Em caso de qualquer um dos sinais de desidratação escritos acima, procure a equipe médica ou se dirija a um serviço de emergência.

Febre

Pode ocorrer nos primeiros dias após a cirurgia. Uma febre baixa, até 37 ou 38 graus, e na ausência de outros sintomas, pode ser considerada como uma resposta natural ao trauma cirúrgico. Já temperaturas mais altas devem levantar a suspeita de infecções, e precisar de atendimento médico de urgência

Como evitar: A desidratação pode contribuir para o aumento da temperatura.

A ingestão de líquido como orientada no tópico acima pode ajudar a evitar o problema.

Agora que você já conhece melhor os riscos da cirurgia, entre aqui para saber mais informações sobre a preparação, a cirurgia e o pós-operatório da amigdalectomia.

Referências

Tonsillectomy as a day-case surgery: a safe procedure?

Anaesthesia for adenotonsillectomy: An update

Mayo Clinic

Revisit rates and diagnoses following pediatric tonsillectomy in a large multistate population

 

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Dr. Luciano Moreira otorrino

Dr. Luciano Moreira – CRM-RJ 65192-3

Médico Otorrinolaringologista especializado em cirurgias da audição

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